sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Engenho da Várzea - Areia - Visita no Dia 01/09

Olá amigos do Engenhos do Brejo. No ultimo dia 01 de setembro foi uma data muito especial. Visita dos Oficiais e seus familiares do 31.º Batalhão de Infantaria Motorizado Perebebuí com a presença do Tenente-Coronel Márcio Borges, além de familiares de Oficiais do referido batalhão. Também teve a presença ilustre do Instituto Histórico de Campina Grande representado com os membros; Maria Ida Steinmuller (Presidente honorária), Erik Brito e Jônatas Rodrigues Pereira
Na ocasião se deu a visita ao Campus da UFPB de Ciências Agrárias no município de Areia e consequentemente ao histórico Museu do Brejo Paraibano (Museu da Cachaça e Rapadura) antigo Engenho da Várzea. 
De construção colonial o velho Engenho da Várzea traz uma longa história a começar em 1842, quando Francisco Coelho de Albuquerque adquiriu de Joaquim Chapeleiro a propriedade da Várzea. Na época, era apenas um pequeno engenho rústico, coberto de palha, situado ao lado da casa-grande.
Em 1860 Augusto Clementino vende sua parte e se muda para o Engenho Olho D'Água. Em 1870 D. Francisca constrói o atual engenho, contando com os filhos Antonio Carlos, Rufino Augusto e Severiano.
Sendo construída em uma parte mais elevada que o engenho, a casa-grande, a princípio, era apenas uma, depois foi construída mais uma ao lado, seguindo os mesmos traços arquitetônicos da fachada. No início deste século foi feita a terceira casa, completando o seu formato atual.
Em 1891 com a morte de D. Francisca, Rufino Augusto e Antônio Carlos assumem o controle do engenho.
Em 1916, Horácio de Almeida e José Rufino de Almeida filhos de Rufino Augusto de Almeida ficam à frente do engenho. 
Em 1922, a propriedade foi vendida a João Paulo de Miranda Henrique. Sendo desapropriada em 1933, pelo governo estadual para a instalação da Escola de Agronomia do Nordeste. Os dois edifícios, casa-grande e engenho sofreram algumas modificações, devido o seu uso pela Escola de Agronomia. 
Em 1978, os dois prédios foram totalmente restaurados para a instalação do Museu da Rapadura. Obra que só foi possível graças ao testemunho de algumas pessoas que viveram àquela época, resgatando traços e características de um tempo cunhado nas lutas e sagacidade de um povo.
Voltando a visita, coincidentemente a visita foi em uma data especial, no dia 1 de setembro de 1893 nascia na mesma casa grande o Dr. Elpídio Josué de Almeida, filho do proprietário Rufino Augusto de Almeida. Dr. Elpídio se destacou em Campina Grande onde foi um renomado médico, historiador e político por onde em duas vezes foi Prefeito de Campina Grande, a primeira entre 1947-51 e a segunda entre 1955-59. Dr. Elpídio de Almeida foi um dos fundadores do Instituto Histórico de Campina Grande em 28 de janeiro de 1948. 
Os visitantes ficaram encantados com as peças presentes no museu, onde trazia um pouco do cotidiano dos engenhos brejeiros do século XIX e início do século XX com peças originais de antigos engenhos e fazendas da região. 
Além da antiga casa-grande, a equipe também fez uma rápida visita ao antigo banguê um pouco abaixo da casa. Igualmente ao primeiro prédio, a equipe se encantou com o antigo maquinário presente no local. São peças que remetem do século XIX quando a tração era feita pelo trabalho escravo e de animais (bolandeira) até o motor elétrico, em uma verdadeira viagem no tempo. 
Depois desta bela visita a equipe seguiu em direção a cidade de Areia para novas visitas em lugares históricos.


Aspecto da Casa Grande do Engenho da Várzea, atual Museu do Brejo Paraibano

Equipe reunida defronte a Casa Grande.


















Antiga bolandeira onde o trabalho escravo ou de animais era utilizado para moer a cana-de-açúcar.


Locomóvel de fabricação inglesa muito utilizado nos engenhos movidos a vapor no início do século XX.




Antigo banguê do Engenho da Várzea